Caminho, errante, na penumbra, que temo, dos meus pensamentos. Afasto com as mãos as nuvens negras que te escondem, até te encontrar sob a estrela que me ilumina e serena e beijo-te com os meus dedos. Como num ápice em que um sopro forte do vento apaga uma vela, as nuvens adensam-se, afastam-te de mim, desvanecem os caminhos que desenhaste com a tua luz para eu percorrer aquando a fadiga se me abate. Um redemoinho de imagens turvas, de vozes roucas, de saídas fechadas apossam-se da minha alma, aterrorizam-na, apossam-se do meu corpo, que trémulo e dolente fica. Fujo, fujo de um estado de loucura visionada! Aninhada, estendo os braços à noite escura, peço que afaste as nuvens que me consomem e me permita a minha estrela sempre ver quando ao meu lado tu não estás. Ao mar, peço que lave o meu rosto destas lágrimas que caem no meu peito, rasgando-o, como lanças afiadas e me purifique. À brisa, entrego o teu nome numa invocação de amor. Desfaleço...
Envolve-me nos teus braços, meu amor, protege-me do que me corrói!, da fraqueza que reina dentro de mim. Vem, leva-me contigo!
☆●•٠·˙DoceSonhar ๋● ღ ☆ ૐ
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