sábado, 13 de novembro de 2010



Embriagas me

Na tangente que traço à curva suave do teu corpo, descubro um perfume adocicado que deixa a minha mente ébria. Contorno-te, descubro-te nos mágicos instantes em que me cruzo com a tua alma. Voo, sem as asas que devia ter, para ser, mais que um anjo, mais que um cavaleiro, um verdadeiro amante do teu desejo. Tu, absorves cada suco do meu corpo, como gotas de maresia que preenchem cada poro, cada reentrância, bebes a essência em goles de fragrâncias.


Nesta amalgama de sentires, abandonas teu corpo em minhas mãos, sentes o fogo intenso que da minha pele emana, como uma imensa chama que te quer consumir. Na boca levas o meu nome, como quem por ele clama, como tatuagem que tua pele cobre numa assinatura genética. São nossos átomos que se chocam, em intensos abraços, fusão perfeita de emoções que na amalgama dos corpos se dissolve em fluidos ardentes que nos escorrem entre dedos. Cascatas de prazer, que deixamos das mãos verter, inundando-nos o ser.

Neste esboço que fazemos, dos sentidos que temos, deixamos os traços marcados, nas peles amarrotadas dos corpos inflamados da luxúria que nos presenteamos. Dispersas as energias, consumidas nesta quente ebulição a que nos entregamos, somos agora inertes, sobre o chão ainda molhado pela onda que nos trouxe a esta praia de sonhos encantados. Na areia branca, adormecemos, cabelos soltos aos ventos, amantes saciados do doce prazer que nos demos.

BlueEfficiency E

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