quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O amor...quando sincero... vence!!



O amor...quando sincero... vence


Era dia de lua cheia, como vai sendo um hábito meu há anos, vou sempre à janela olhar para ela, falo com ela, sorrio para ela, choro para ela, tento em cada dia em que ela está cheia, descobrir algo de novo e como consigo descobrir…. Cada dia, ela me diz uma coisa nova, me mostra algo que nunca vi, que nunca senti.

Nesse dia, voltei à janela à noite e não a vi, tentei virar a cabeça em todos os sentidos para ver se a via, pensando que era fruto da minha cabeça, que ela estava lá e eu não a conseguia ver……….mas……. não estava mesmo.

Preocupada, saltei essa varanda, deixei minha alma voar por esses céus fora à sua procura, algo me dizia que tinha acontecido alguma coisa à minha amiga Lua.

Encontrei-a finalmente em seu quarto, chorando, desolada, sem brilho, sem aquela força que move as noites lindas dos enamorados.

Fiquei então a saber que ela estava cheia de saudades de seu Sol, e que as saudades a estavam matando, a estavam destruindo.

Saí de mansinho desse quarto, fui ter com as estrelas que brilhavam muito devagarinho, porque não tinham a força da Lua e falei come elas.

Quando elas me contaram que ela andava assim á dias e nada a fazia reagir, nesse momento só pensei que tinha que fazer algo… e fiz…….

Fui ter com Deus, ajoelhando-me diante Dele e pedi-lhe chorando – Meus Deus, nunca te pedi nada para mim, mas por favor, faz esse milagre, deixa a Lua e o Sol se encontrarem pelo menos uma noite, dá-lhe só uma noite, mas não a deixes morrer de desgosto.

Deus olhou para mim, estendeu suas mãos, fez-me levantar e levou-me até ao sol.

Como ele estava lindo, tão laranja, mas com uma sombra em eu olhar, porque ele sentia que sua Lua não estava bem.

Vestimos o sol com um manto azul cinzento, para que ninguém na terra desse por ele, pegamos em sua mão e levámo-lo até sua Lua.

Meu Deus, nunca tinha visto tamanha felicidade entre dois seres, tão lindos.

Fechamos a porta do quarto, e lá ficaram os dois sozinhos se amando a noite toda, cada beijo era uma promessa, dum dia voltarem a se encontrarem de novo, cada carícia, era um sonho que demorou a realizar-se. Foi uma noite de loucura total.

A terra estremeceu perante tanto amor que eles irradiavam de seus corpos e eu… nessa noite fiquei a acompanhar as estrelas, para que elas não se sentissem sozinhas sem sua mãe, a D. Lua.

No dia seguinte o dia acordou com um sol radioso, todo o mundo estranhou a cor do sol mas ninguém sabia porquê e eu… sorrindo dei um beijo aos dois, e fui-me deitar. Minha missão estava cumprida.

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