quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Just Me...


Há quem diga que é poesia. 
Há quem diga que é prosa poética. 
Há quem diga que é triste. Depressivo. 
Que eu sou triste para escrever como escrevo. 
Há quem diga que sou crua. Dilacerante. 
Há quem chore até. 
Há quem aplauda e se entusiasme verdadeiramente. 
Há quem prefira não ler, simplesmente para não recordar. 
Há quem se identifique com cada vírgula de um texto meu. 
Há quem não goste. 

Pois eu digo que sou eu. Que não sei se é poesia, se prosa poética. 
Não conto estrofes nem linhas. Não faço rimas. E se por acaso acontecerem, foi sem querer! 
Não sou triste. Tenho lados como qualquer um. 
Mas gosto de puxar pelo que de melhor e pior se pode, efectivamente, puxar. 
Quem lê, assimila como quer, como pode, conforme o seu lado mais vincado no momento. 
O que escrevo sou eu com toda a nudez espalhada pelas minhas palavras. 
Escrevo como quem arranha a pele e faz sangue. 
Como quem solta coração e entranhas num só grito. 
Sem métricas, sem rimas, sem coisa nenhuma a não ser eu. 
Como serão, certamente, tantos outros. 

Just me, as I am.

In My Memories...(ALindaSereia)

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