" As vezes que me senti frágil, sem rumo, sem nexo, engasgada na raiva, sufocada pelo engano, aterrorizada pelo futuro que - pasmem-se - não tinha ao lado aquele, o outro e depois ainda mais aquele mais lá ao fundo, estão a ver qual é?... pois eu já nem me lembro também.
As vezes que se morre de amor, as vezes que se pensa que é desta que nos transformamos em pedra, as vezes que acordamos no meio da noite porque de repente ouvimos a voz, sentimos o cheiro, tocamos na pele de quem já não está nem aí, nem aqui nem em lado nenhum.
As vezes que ressuscitei, que olhei para trás e sorri porque já nem sei o nome, porque já nem reconheço a voz quando liga, porque já nem sinto o coração na boca quando leio, quando já nem sei do que morri, e descobri que afinal não se morre de amor, só um pouco, um pouquito talvez, o suficiente para sentir o fundo do mar e voltar à tona, respirar todo o ar perdido, de uma vez só e voltar a embrulharmos-nos na vida."
Não se morre de amor.
Eu sei bem que não.
In My Memories...(ALindaSereia)
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