Segredos, receios, medos. Atilhos que nos amarram os movimentos e pedras que nos agarram ao fundo. Todos os medos que não ousamos pronunciar, com um redundante medo de que se tornem maiores e piores, encostam-se num cantinho de nós e descansam.
Até que um dia há um barulho, uma luz, um tilintar na nossa alma que os acorda, que os traz ao palco e que os põe a gritar. Nenhuma das defesas que tínhamos construído distraidamente nos protege e nada aparenta encaixar.
Então fechamos os olhos.
Esperamos.
Respiramos de pulmões apertados e confiamos que tudo foi um pesadelo, que vamos ficar bem, que nada disto vai deixar marcas.
Mas deixa.
E vamos coleccionando cicatrizes de guerras que nem sempre quisemos.
E vamos escondendo as marcas por baixo de capas bonitas, brilhantes, que ofuscam a dor.
In My Memories...(ALindaSereia)
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