Depois de tudo ficam sempre as palavras.
As que disse, as que não disse, as que ouvi e que guardei, as que quis ouvir e com as quais sonhei.
Ficam os poemas e as rimas inesquecíveis, o poder dos grandes poetas tratando a lua por Tu ou por Mãe, fazendo da chuva as lágrimas da infinita tristeza ou a bênção e a dádiva da vida.
Ficam textos marcantes que registam momentos singulares de uma vida, de muitas vidas, que quer sejam nossos ou escritos por outros, espelham a nossa existência num sentido de grandeza poética e de pura inspiração.
Ficam sempre as canções numa memória cheia de tristezas e de desesperos ou de risos e quentes abraços, canções que sempre tomamos como nossas, como se as tivessem escrito para descrever o que sentimos, como se o autor nos conhecesse e nos cantasse.
Depois de tudo e no fim, ficam as palavras.
Palavras que são a nossa vida, que recordamos, que revivemos, que dedicamos, que sentimos, que esquecemos, e que podemos sempre reordenar dando-lhes um novo sentido.
Seja esse ou não o nosso verdadeiro desejo.
ALindaSereia
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