sábado, 1 de fevereiro de 2014

Assim me despeço do Teu Amor


Olhei-te, fora dos olhos. 
Escutei a maresia enquanto sonhava contigo de noite. 
Estavas ausente de corpo como se de uma alma te tratasses. 
Não te vi por dentro, nunca te conheci. Mas eu olhei-te, fora dos olhos. 
E isto é quando nem sequer sabes, ou por ironia, nem sonhas... 
Que te olhava profundamente. Rente à pele. 
Via-te dormir, enquanto o meu sono leve me despertava durante a noite só para te ver. 
Bem de perto. 
Hoje encontro-me em reabilitação - e por isso digo-te: 
um dia vou ver-te e virar a cara, sem me importar em Olhar para ti. 
Porque hoje já não estás em todo o lado. 
Desapareceste das luzes, dos carros, das paredes, e (quase) do meu coração. 
Dou por mim a puxar pela cabeça em busca de memórias que construímos, e não gosto disso. 
És passado. 
Só quero que o meu coração deixe de se tornar cimento cada vez que se diz o teu nome.

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