quando entardece pausadamente sobre o horizonte, a luz toma reflexos amarelados, o céu transfigura-se e as sombras crescem numa proporção desmedida rente ao chão. nesses momentos escuto o chamado do vento, aquela pequena brisa fresca que murmura o teu nome na intrincada silhueta da paisagem citadina. depois, adormece o dia, meu, sobre a linha distante, é lá que se deixa ficar, por detrás dos prédios, escondido no recorte dos telhados por entre vazios longínquos
. puxo com a ponta dos dedos a noite, tua, com as suas estrelas pregadas no firmamento cheio de planetas e galáxias. deixo os cometas escorregar-me dos olhos e os meteoritos precipitarem-se no chão em riscos luminosos como fogo-de-artifício lento. é nesta altura que no corpo me nascem sentires e quereres de ti, que dos meus pensamentos faço sonhos e das minhas mãos nasce magia feita de letras. é nesta altura que pinto a paisagem, com mil e uma cores, diversos perfumes e muito amor, faço a vida renascer aos olhos adormecidos de quem se atreve a sonhar os meus sonhos perdidos… tu!!!
DuduMary 13\08\2012
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